Entender cada uma das fases da obra é de suma importância. Assim, você poderá executar um orçamento e um cronograma mais adequados, entendendo a quantidade de mão de obra e de material de construção, bem como as etapas da construção de cada uma dessas fases.

Fundação e laje

É a fundação que suportará o peso e manterá fixo e nivelado o prédio no terreno. Caso ela não seja estimada de forma correta, de acordo com as cargas que deverá suportar, a obra terá graves problemas e eles irão se refletir em outras estruturas como paredestetos, etc.

Antes mesmo de indicar qual tipo de fundação será feita, o profissional responsável poderá realizar uma sondagem no terreno, para avaliar melhor qual é o tipo e a capacidade de suporte do solo, definindo a fundação mais adequada.

Alguns tipos de fundações que podem ser usadas são:

  • rasas ou diretas: executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3 metros ou que repousam diretamente sobre o solo firme e aflorado, caracterizadas por alicerce e sapata;
  • baldrame: é constituído de uma viga (que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou de concreto armado) construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala;
  • fundação contínua: os alicerces são executados de forma contínua, sob a linha de paredes de uma edificação usando sistemas de alvenaria de tijolos maciços, sistema de pedras argamassadas sobre lastro de concreto simples, sistema de alvenaria sobre lajes de concreto armado ou sistema de concreto ciclópico;
  • fundações indiretas ou profundas: são as que transmitem o peso da construção ao solo por meio de um fuste. Essas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões.

Independentemente do tipo, é fundamental investir na impermeabilização da fundação, evitando que sua casa venha a sofrer com infiltrações e outros problemas futuros.

É importante salientar que os custos totais com a impermeabilização não atingem nem 2% do total da obra, porém se esse trabalho for realizado após as infiltrações aparecerem, essa despesa pode superar os 10%. Ou seja, nada de evitar esse passo pensando em economizar, porque isso pode comprometer o resultado da sua obra, ok?

Laje

A laje é a primeira cobertura da casa e o terceiro elemento de concreto armado que dá sustentação para a casa. Ela é uma superfície plana de concreto armado dimensionada para suportar e distribuir o peso do telhado e da caixa de água para as vigas.

Para dar sustentação à laje durante a construção são usadas tábuas de madeira fixadas por escoras de madeira ou metálicas. Geralmente as lajes são instaladas conforme os cômodos e posicionadas sobre 4 vigas.

Os tipos de lajes mais comuns são: pré-moldada ou treliçada, maciça com concreto armado ou protendido. Escolher a melhor opção dependerá de cada tipo de construção.

Materiais de construção

Para a fundação e a laje, será preciso:

Vedação

Entre as principais etapas de uma obra está a vedação, que é o que chamamos de fechamento da edificação, ou seja, é a colocação das paredes que podem ser feitas de diversos materiais como tijolos, concreto, gesso, vidro ou madeira.

Algumas possibilidades são:

Alvenaria de vedação

São as paredes construídas em tijolo cerâmico ou em blocos de concreto e que tem a função de dividir os cômodos, sem terem uma função estrutural.

Alvenaria estrutural

São as paredes que, além de dividirem os cômodos, também servem para distribuir as cargas da estrutura. As paredes em alvenaria estrutural podem ser de tijolos cerâmicos estruturais ou de blocos de concretos estruturais.

Atenção! Tijolos e blocos comuns não podem ser usados nas paredes estruturais.

Parede de drywall

São as paredes feitas com painel de gesso acartonado instalados sobre uma estrutura de perfis metálicos galvanizados. Esse tipo de parede é indicado para ambientes internos e o isolamento entre as placas de gesso pode ser feito com lã de vidro ou lã de rocha.

Parede Woodframe

É semelhante ao drywall, porém feito com painéis em chapas OSB e estruturas com montantes de madeira tratada. O isolamento também pode ser feito com lã de vidro ou lã de rocha.

Divisória em vidro

Trazem mais requinte e elegância e são mais usadas em ambientes corporativos. São feitas em vidro duplo com estrutura mista de aço e alumínio.

Paredes de placas cimentícias

São indicadas para ambientes internos e externos, instaladas em estruturas de perfis metálicos galvanizados.

Cobertura

A cobertura é a fase da construção do telhado ou da laje que irá proteger a casa. A definição de como será a cobertura (tipo de telhado, inclinação, quantas águas etc.) é de responsabilidade do engenheiro ou arquiteto responsável.

É essencial que essa etapa seja muito bem planejada e executada para evitar goteiras, infiltrações e outros prejuízos. A inclinação do telhado também é um ponto que merece atenção porque influencia diretamente no encaminhamento das águas das chuvas.

Além disso, é importante que a cobertura escolhida ofereça um bom conforto térmico e acústico aos moradores.

Estrutura

A estrutura é o conjunto de componentes ligados entre si que têm a função de suportar o telhado e parte do sistema de captação de águas pluviais. Ela pode ser de madeira, de metal ou de concreto e é composta por uma armação principal e outra secundária.

Telhados

Existem muitas possibilidades, como:

  • platibanda: ficam total ou parcialmente escondidos. As águas pluviais são captadas pelas calhas e levadas para o exterior do imóvel pelos condutores;
  • de beiral: ficam completamente visíveis, formando balanços sobre o prumo da parede. As águas das chuvas correm livremente, dispensando o uso de calhas e condutores;
  • teto verde: aplicação e uso de vegetação sobre a cobertura com impermeabilização e drenagem adequada. Oferece maior conforto térmico.

Telhas

A decisão do tipo e do material das telhas depende de fatores como incidência de chuvas, temperaturas médias da região, tipologia da construção e disponibilidade de materiais e de mão-de-obra. Algumas opções são:

  • cerâmicas: são as mais comuns no país. As mais usadas são a francesa, a portuguesa, a romana, a colonial e a plan. Elas possuem isolamento térmico e facilidade de limpeza e de manutenção, porém exigem uma estrutura mais resistente;
  • esmaltadas: tipo de telha cerâmica diferenciada apenas no acabamento. Possui grande variabilidade de tonalidades e oferece mais durabilidade e resistência, porém tem o custo mais elevado;
  • fibrocimento: também conhecido como Brasilit ou Eternit, esse material é leve, resistente, durável e mais barato, contudo absorvem muito calor, sendo necessário construir um forro ou uma laje;
  • fotovoltaicas: são telhas de cerâmica que têm como objetivo gerar energia elétrica a partir da luz do sol. Essas são opções mais caras;
  • galvanizadas: altamente duráveis e resistentes, as telhas são fabricadas em aço e revestidas com alumínio e zinco, impedindo a corrosão e a formação de ferrugem. Porém, seu isolamento térmico é ruim e é uma telha mais barulhenta.